A
classe política subverteu todos os valores! A Câmara dos Deputados,
cujos membros foram eleitos para defender as liberdades dos cidadãos,
usa seu poder político para tentar cercear a liberdade de expressão.
Vejamos a notícia do Conjur:
“Câmara
quer acordo com Google para proteger deputados
Com
o objetivo de zelar pelas imagens dos deputados federais brasileiros,
o procurador-geral da Câmara dos Deputados, Cláudio Cajado, vai
tentar um acordo com a Google para agilizar a retirada de conteúdos
ofensivos aos parlamentares publicados na internet. O órgão
registra cerca de duas reclamações por mês de deputados que se
consideram difamados por vídeos ou comentários na internet. A maior
parte desse conteúdo está em blogs da plataforma Blogger e no
YouTube, ambos serviços do Google. As informações são do blog
Jornalismo
das Américas, da
Agência
Senado e
do portal G1.
Atualmente,
há cerca de dez liminares da Justiça em vigor obrigando sites e
usuários a retirar da internet conteúdos considerados caluniosos.
Uma delas beneficia o deputado federal Antonhy Garotinho, que deve
ter 11 vídeos considerados ofensivos à sua imagem retirados da
internet, segundo a revista Época.
A ironia é que o próprio Garotinho foi acusado na segunda-feira
(19/3) de praticar o mesmo crime de calúnia em seu blog, em uma
crítica a um juiz que o condenou por formação de quadrilha.
'Queremos
uma parceria para estabelecer ações e atitudes, sem que haja nenhum
tipo de desgaste nem consequências mais duras”, disse Cajado.
“Temos de contar com a boa vontade da direção da Google e com a
compreensão da importância de medidas como essa para a vida do
nosso país e a democracia'.
A
iniciativa Cajado, no entanto, se aproxima mais da censura do que da
democracia. É a avaliação do sociólogo Sérgio Amadeu, professor
da Universidade Federal do ABC (UFABC). 'Há, na verdade, uma
tentativa clara de cercear a liberdade de expressão', avalia Amadeu.
'É uma situação na qual representantes do poder político entram
em contato com empresas de plataformas privadas de uso público e
fazem acordos de censura efetiva que não poderiam ser feitos no
espaço público', explica.
Não
é a primeira vez que a Google é envolvida em discussões sobre
liberdade de expressão e censura em relação a conteúdos
disponibilizados por suas plataformas que seriam ofensivos a
políticos brasileiros. Em setembro de 2012, o diretor-geral da
Google Brasil foi detido após não retirar do ar vídeos
considerados ofensivos a um candidato a prefeito. Uma linha
do tempo foi
criada pelo Centro
Knight para
acompanhar casos de censura judicial no país desde 2012.
Revista
Consultor
Jurídico,
22 de março de 2013”
Fonte:
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