O Estadão informa que
pesquisa realizada pelo Procon/SP em parceria com o Dieese mostrou
que a tentativa do Governo Federal de mascarar a inflação
retirando impostos da cesta básica fracassou, havendo até mesmo
aumento nos preços de dois produtos desonerados. Embora tenha havido queda no
preço em 7 produtos, a redução foi bem menor do que a
anunciada por Dilma na televisão. O pior de tudo é que a desoneração da cesta básica não conseguiu impedir que o custo médio total da cesta subisse de R$ 384,58 para R$ 386,71. Vejamos:
“De
dez produtos desonerados na cesta, 7 tiveram queda de preço
Pesquisa do Procon/SP e Dieese mostra que as reduções de valor estão abaixo dos 9,25% anunciados; custo médio total da cesta, contudo, subiu 0,55%
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de março de 2013 | 17h 21
SÃO
PAULO - A primeira pesquisa do custo da cesta básica feita pela
Fundação Procon de São Paulo em parceria com o Dieese depois de o
governo ter cortado o PIS/Cofins de oito produtos de consumo básico
– carnes, café, óleo, manteiga, açúcar, papel higiênico, creme
dental e sabonete– mostra que houve um pequeno recuo de preços
para a maioria dos itens. Mas o corte está abaixo do pretendido pelo
governo, de 9,25%.
Entre
os dias 7 de março, véspera do anúncio da desoneração, e esta
quinta-feira, de dez itens incluídos na lista de desonerações,
sete registraram queda nos preços médios, enquanto dois tiveram
alta e apenas um ficou estável.
No
entanto, a pesquisa, de grande abrangência porque levanta preços
médios de 31 produtos da cesta básica, entre alimentos e itens de
higiene e limpeza, em 70 supermercados da capital paulista, mostra
que na última semana o custo médio total da cesta básica subiu.
Era de R$ 384,58 na quinta-feira da semana passada e nesta quinta
estava em R$ 386,71. Foi uma elevação de 0,55% em apenas uma
semana.
A
margarina liderou o ranking de queda, com retração de 2,19%,
seguido pelo café (-1,35%). Nathan Herszkowicz, diretor executivo da
Abic, que reúne as torrefadoras de café, diz que o preço médio
deve recuar cerca de 4%, porcentual distante dos 9,25% divulgados
pelo governo e também do resultado obtido na pesquisa da cesta
básica da última semana. O motivo dessa divergência, segundo ele,
ocorre porque o café tinha PIS/Cofins presumido. Isto é, a
torrefadora ao comprar o grão verde era creditada em 7,4% de
imposto. Quando vendia o café torrado, pagava 9,25%, abatido do
crédito de imposto. Agora, como a Medida Provisória da desoneração
acabou com o imposto presumido, o setor entende que deve reduzir o
preço proporcionalmente ao imposto que pagava anteriormente.
A
história se repete no caso das carnes bovinas, suínas e das aves,
que tiveram, até agora, reduções de preços muito pequenas.
Técnicos do Ministério da Fazenda e da Receita têm se reunidos com
os setores para resolver os problemas advindos da nova fórmula de
tributação.
A
pesquisa da Fundação Procon/SP mostra que dois itens do total de
desonerados na semana passada tiveram elevação de preços: o açúcar
refinado, que ficou 2,59% mais caro na última semana, e o creme
dental (0,70%). Procurada a União da Indústria da Cana-de-Açúcar
informou ontem não tinha porta-voz para comentar a elevação de
preço.
Já
João Carlos Basílio, presidente da Abihpec, que reúne a indústria
higiene pessoal, atribui a alta do preço do creme dental e a
estabilidade do preço médio do sabonete aos reajustes feitos pela
indústria no começo do ano, que variaram entre 5% e 7%. 'As
reduções de preços ainda vão acontecer', diz ele. No caso do
sabonete, diz Basílio, a queda de preço deve ser menor do que a do
creme dental porque o setor também tinha crédito presumido do
sebo.”
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